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Ginecologia

Candidíase vaginal é perigosa na gravidez?

maio 10, 2024
Candidíase vaginal

Uma das maiores preocupações do universo da saúde íntima das mulheres é a candidíase vaginal, principalmente no período da gestação!

Conheça os sintomas da candidíase, entenda o que é candidíase de repetição e como fica o útero durante essa infecção. Continue a leitura do artigo!

Boa leitura!

O que é candidíase vaginal?

A candidíase vaginal é uma infecção causada pelo crescimento excessivo do fungo Candida albicans na região genital feminina, especialmente na vagina. 

Esse fungo é naturalmente encontrado no corpo, mas quando as condições se tornam favoráveis, como, por exemplo: 

  • Desequilíbrio do pH vaginal;
  • Uso de antibióticos;
  • Diabetes;
  • Gravidez;
  • Sistema imunológico enfraquecido.

Ele pode se proliferar e causar sintomas desconfortáveis. 

Principais sintomas da candidíase vaginal

Os sintomas mais comuns incluem:

  1. Coceira;
  2. Irritação;
  3. Vermelhidão;
  4. Corrimento vaginal branco espesso;
  5. Geralmente, dor durante a micção ou relações sexuais. 

Se você possui um ou mais desses sintomas, recomenda-se uma consulta com um ginecologista.

Quem está com candidíase pode ter parto normal?

Mulheres com candidíase vaginal podem, em muitos casos, ter parto normal. 

No entanto, é essencial que qualquer preocupação relacionada à saúde durante a gravidez seja discutida com um obstetra ou ginecologista. 

Em alguns casos específicos, dependendo da gravidade da infecção por candidíase e de outros fatores de saúde, pode ser recomendado o parto por cesariana para reduzir o risco de transmissão da infecção para o bebê durante o parto. 

Por isso, é importante que a gestante discuta suas opções e preocupações com seu médico para tomar a decisão mais segura para ela e seu bebê.

O que a candidíase pode causar na gravidez?

Durante a gravidez, a candidíase vaginal pode causar desconforto significativo para a gestante. 

Além dos sintomas comuns, como coceira, irritação e corrimento vaginal anormal, a candidíase pode ter algumas complicações específicas durante a gravidez, tais como:

  • Infecção do trato urinário (ITU): a infecção por Cândida pode se espalhar para a uretra e a bexiga, aumentando o risco de uma infecção urinária.
  • Parto prematuro: em casos mais graves, a candidíase não tratada pode aumentar o risco de parto prematuro.
  • Transmissão para o bebê: durante o parto vaginal, a mãe pode transmitir a infecção por Cândida para o bebê, o que pode resultar em infecções bucais (conhecidas como sapinho ou candidíase oral) ou infecções de pele.

É importante que as mulheres grávidas que apresentem sintomas de candidíase consultem um médico para um diagnóstico preciso e tratamento adequado. O acompanhamento médico durante a gravidez é fundamental para garantir a saúde da mãe e do bebê.

O que a gestante pode usar para candidíase?

Gestantes com candidíase devem consultar um ginecologista ou obstetra antes de usar qualquer tratamento, para garantir que seja seguro para elas e para o bebê. 

Normalmente, os médicos recomendam o uso de antifúngicos tópicos, como creme vaginal ou supositórios, que são considerados seguros durante a gravidez. No entanto, é importante consulta com um ginecologia ou obstetrícia antes de se automedicar para garantir o tratamento mais adequado e seguro para a sua condição.

Esses tratamentos são geralmente prescritos por um médico após avaliação do quadro clínico da gestante. 

É importante seguir rigorosamente as instruções do médico e não se automedicar durante a gravidez. 

Além disso, é fundamental manter uma boa higiene íntima e evitar o uso de roupas apertadas e materiais sintéticos, pois isso pode ajudar a prevenir infecções por fungos.

Como fica o útero quando tem candidíase?

Geralmente, como dito, os sintomas ocorrem na região vaginal. No entanto, se a infecção não for tratada e se espalhar para outras partes do trato reprodutivo, como o colo do útero, pode causar inflamação e irritação localizada.

É importante ressaltar que o útero é um órgão interno e não está diretamente exposto ao ambiente externo, onde a infecção por Candida geralmente se desenvolve. 

No entanto, complicações como infecções do trato reprodutivo superior podem ocorrer se a infecção não for tratada adequadamente. 

Portanto, é essencial procurar orientação médica se houver suspeita de candidíase ou qualquer outra infecção vaginal durante a gravidez.

Quando a candidíase é perigosa?

A candidíase geralmente não é considerada perigosa, especialmente em casos leves e quando tratada adequadamente. 

No entanto, em algumas situações, a candidíase pode se tornar mais grave e exigir atenção médica imediata. Aqui estão algumas circunstâncias em que a candidíase pode ser considerada mais perigosa:

Infecção sistêmica

Em casos raros, a candidíase pode se espalhar para outras partes do corpo além das áreas genitais, boca ou pele, levando a uma infecção sistêmica mais grave. 

Isso é mais comum em pessoas com sistema imunológico comprometido, como pacientes com HIV/AIDS, câncer ou que tenham passado por transplante de órgãos.

Infecção recorrente ou crônica 

Se uma pessoa tem candidíase recorrente ou crônica, pode ser um sinal de um problema subjacente mais sério, como diabetes não controlada ou HIV não diagnosticado. 

Nessas situações, é importante procurar atendimento médico para investigação adicional e tratamento adequado.

Infecção durante a gravidez 

A candidíase durante a gravidez pode aumentar o risco de complicações, como parto prematuro ou infecção do bebê durante o parto. 

Portanto, é essencial que as gestantes recebam tratamento adequado para candidíase para reduzir esses riscos.

Infecção em bebês

Se um recém-nascido desenvolver candidíase oral (sapinho) ou infecção cutânea grave, especialmente em bebês prematuros ou com baixo peso ao nascer, pode ser necessário tratamento médico para evitar complicações.

Em qualquer um desses casos, é importante procurar orientação médica para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.

O que faz piorar a candidíase vaginal?

Alguns dos principais incluem:

  1. Uso de antibióticos: o uso prolongado de antibióticos pode matar as bactérias saudáveis que normalmente impedem o crescimento excessivo de fungos como a Candida, favorecendo assim o desenvolvimento da infecção.
  1. Diabetes descontrolada: pessoas com diabetes descontrolada têm níveis mais elevados de glicose no sangue, o que pode criar um ambiente propício para o crescimento de fungos como a Candida.
  1. Imunossupressão: condições que comprometem o sistema imunológico, como HIV/AIDS, tratamento de quimioterapia ou uso de medicamentos imunossupressores, aumentam o risco de infecções por Candida.
  1. Gravidez: mudanças hormonais durante a gravidez podem aumentar o risco de desenvolver candidíase vaginal.
  1. Estresse: o estresse crônico pode enfraquecer o sistema imunológico, tornando o corpo mais suscetível a infecções fúngicas.
  1. Roupas apertadas ou molhadas: roupas íntimas apertadas, uso prolongado de roupas molhadas ou úmidas e o uso de roupas que não permitem a respiração adequada da pele podem criar um ambiente úmido e propício para o crescimento de fungos.
  1. Mudanças hormonais: flutuações hormonais durante o ciclo menstrual, uso de contraceptivos hormonais ou terapia de reposição hormonal podem aumentar o risco de candidíase.
  1. Higiene inadequada: a falta de higiene adequada, especialmente após atividades que causam transpiração excessiva, pode aumentar o risco de infecções fúngicas.

É importante identificar e evitar esses fatores desencadeantes sempre que possível para ajudar a prevenir ou reduzir o risco de recorrência da candidíase. 

Porque a Cândida vai e volta?

Algumas razões pelas quais a candidíase pode ser recorrente incluem:

  • Tratamento incompleto: se não concluir conforme prescrição médica ou se não utilizar os medicamentos conforme as instruções, pode-se não eliminar completamente o fungo, permitindo que ele se multiplique novamente.
  • Resistência aos medicamentos: o uso repetido de medicamentos antifúngicos pode levar ao desenvolvimento de cepas de Candida resistentes a esses medicamentos, tornando o tratamento menos eficaz e incitando o retorno.
  • Desequilíbrio hormonal: alterações hormonais, como aquelas que ocorrem durante o ciclo menstrual, gravidez ou uso de contraceptivos hormonais, podem favorecer o crescimento excessivo de Candida e predispor à recorrência da candidíase.
  • Mudanças no estilo de vida: fatores como dieta desequilibrada, uso frequente de roupas úmidas, higiene inadequada ou práticas sexuais desprotegidas podem criar um ambiente favorável que contribua para a recorrência da infecção.

Para evitar a recorrência da candidíase, é importante identificar e tratar os fatores de risco subjacentes, seguir cuidadosamente as orientações do médico durante o tratamento e adotar medidas preventivas.

O que fazer ao ter candidíase de repetição?

Aqui estão algumas estratégias que podem ajudar:

Consulte um médico

Primeiramente, é importante consultar um médico para avaliar a situação e determinar o tratamento mais adequado. 

O médico pode prescrever medicamentos antifúngicos específicos para o tipo de candidíase e agravamento da infecção.

Complete o tratamento

Certifique-se de seguir o tratamento prescrito pelo médico até o final, mesmo que os sintomas desapareçam antes do término do curso de medicamentos. 

Interromper o tratamento precocemente pode permitir que o fungo se multiplique novamente.

Identifique fatores desencadeantes

Tente identificar quaisquer fatores que possam estar contribuindo para a recorrência da candidíase, como uso de antibióticos, estresse, diabete não controlada, gravidez ou uso de contraceptivos hormonais. 

Adote medidas preventivas

Mantenha uma boa higiene pessoal, especialmente na área genital, evitando o uso de sabonetes perfumados ou produtos que possam irritar a região. 

Use roupas íntimas de algodão e evite roupas apertadas que possam reter umidade, além disso, evite o uso excessivo de produtos de higiene feminina, como duchas vaginais.

Reforce o sistema imunológico

Mantenha um estilo de vida saudável, incluindo, por exemplo, uma dieta equilibrada rica em frutas, vegetais e proteínas magras, prática regular de exercícios físicos, controle do estresse e sono adequado. 

Isso pode ajudar a fortalecer o sistema imunológico e reduzir o risco de infecções recorrentes.

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